O móbile é predominantemente amarelo,dá a impressão de ser muito leve,
apesar de ser feito com metal,
o tamanho é razoável,
não cabe na palma da mão,
nem dá pra colocar no bolso,
mas talvez na sala de casa fique legal.
A frieza de seu metal
é quebrada pela quentura de sua cor,
pela forte consistência de seu material
e por sua mobilidade astral.
As linhas que se projetam
da grande forma amarela
parecem procurar algo no espaço,
parecem olhar para mim;
o que será que querem me dizer?!
Agora fico a me perguntar,
O que será?
Vou entrar nesta escultura,
neste pequeno, grande móbile
de Alexandre Calder,
me impregnar em sua metalidade,
e quem sabe descobrir…
… o que será?
Talvez queira me dizer
que a vida também é assim,
como a obra,
fria e quente,
leve e pesada,
estranha e bela…
Maria Alice Pereira Arruda
24/09/2006
23:35pm
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