que se partiu em dois.
Eu sou um pedaço do arco-íris que se quebrou,
e perdeu as cores mais bonitas.
Eu sou um pedaço de chocolate,
esquecido por uma criança gulosa.
Eu sou o filme que se queimou,
na câmara fotográfica.
Eu sou a linha com cerol,
que corta a cabeça dos transeuntes.
Eu sou a onda que sacia
a sede de aventura dos surfistas.
Eu sou o LP velho,
esquecido nas livrarias.
Eu sou a gula dos obesos.
Eu sou o músculo dos atletas,
viciados em asteroides.
Enfim, eu sou uma pedra no sapato de uma baleia.
Maria Alice Pereira Arruda
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